Aplicativo que não precisa de sinal de celular para ser operado caiu no gosto popular dos manifestantes chineses em Hong Kong, após líder do movimento solicitar que o usassem evitando o bloqueio e organização das atividades.
O aplicativo é o Firechat, ele não tem a popularidade do Twitter, nem do Wechat, tão pouco do Whatsapp, mas assim como eles caíram no gosto popular e está sendo primordial para deslanchar o movimento.
Em 2012 o mesmo aconteceu com o Twitter na Primavera Árabe e agora a China tenta colher os frutos do uso das novas tecnologias.
A grande vantagem desse aplicativo é que ele não precisa de sinal de celular para funcionar, isso é possível porque o programa faz uso de um protocolo alternativo de conexão conhecido como “rede mesh”. Dessa forma, cada aparelho se torna um ponto, um nó de uma rede. Com em uma rede interna de computadores, onde é possível acessar outros aparelhos mesmo offline se ambos pertencerem à mesma rede. Desse jeito, quando um dado é enviado, o mesmo é transmitido de um ponto a outro. O que dispensa a necessidade de que o aparelho esteja conectado a uma rede sem fio ou a cabo, pois não há a necessidade de as informações serem transmitidas a um servidor central antes de ser acessado por um aparelho. O app está disponível tanto para Android quanto para iOS.
Hong Kong é uma ex-colônia britânica desde 1997, e pertencente à China atualmente, porém é administrada de forma diferente do resto do país, de um jeito um tanto mais liberal. Mas ainda assim os jovens manifestantes querem maior liberdade de expressão, por isso as manifestações estão tomando cada vez mais volume e força, agravando uma enorme crise política desde a sua reintegração ao território chinês.
O uso do FireChat ganhou força quando um dos líderes das manifestações pediu aos manifestantes que o baixassem. Fez isso por temer que o governo chinês interviesse na rede de celular, o que atrapalharia a capacidade de mobilização do movimento.
Por Vivian Schetini
Foto: Divulgação
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