O que não era comum e até mesmo nem se cogitava ser objeto de estudo de cientistas há aproximadamente 10 anos tem dado muito que falar. O assunto é justamente o uso de smartphones, que revolucionou a forma de encararmos nossos aparelhos celulares.
Neurocientistas da Universidade de Zurique fizeram estudos relacionando a frequência de uso de dispositivos com tela sensível ao toque e a resposta cerebral à estimulação dos dedos.
Em conclusões, eles perceberam que a relação desses fatores é proporcional, ou seja, o uso constante do touchscreen aumenta cada vez mais a atividade cerebral resultante do estímulo tátil dos dedos, principalmente polegares e indicadores.
O foco do estudo é devido ao intenso, e talvez até indiscriminado, uso de aparelhos de tela sensível ao toque atualmente. Além da facilidade fornecida por essa tecnologia, o toque na tela aproxima mais a ação de dar um comando à sua execução do que o uso de um joystick ou de botões fazia.
Além disso, o tempo dispensado em operar smartphones é significativamente maior do usado em aparelhos celulares comuns, já que a quantidade de funções e recursos nos primeiros é infinitamente maior.
Enquanto um celular antigo era capaz de efetuar ligações, enviar mensagens em um teclado muito pouco prático e quando muito tinha uma internet WAP bastante lenta, o smartphone fornece entretenimento 24 horas por dia se o usuário quiser.
As lojas de aplicativos fornecem programas que se equiparam aos disponibilizados em computadores, inclusive com alguns utilizando sensores de imagem, proximidade e localização que um notebook ou computador de mesa, por exemplo, não são capazes de fornecer.
Outro fator que prende o usuário ao celular atual é a quantidade de redes sociais disponíveis nesses aparelhos. Apps do Facebook, Instagram, Twitter e Whatsapp conectam usuários no mundo todo, fornecendo uma vida virtual nunca antes vista em redes mais antigas, como os extintos Orkut e MSN Messenger, por exemplo.
Porém, uma ressalva feita pelos neurocientistas aponta que a mesma área estimulada no cérebro pelo uso dos smartphones também está ligada com disfunções motoras e dor, ou seja, por mais que a tecnologia faça nosso cérebro se potencializar, alguns efeitos colaterais inesperados também podem acompanhar.
Por Rannier Ferreira Mendes
Foto: divulgação
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