Vendas de celulares apresentaram queda no 1º semestre

Cada vez mais, celulares simples estão perdendo mercado e sendo substituídos pelos smartphones.

O fraco desempenho econômico brasileiro também está refletindo na indústria de eletrônicos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o País obteve uma queda significativa nas vendas de celulares no primeiro semestre deste ano. Os dados da associação mostram que os números de aparelhos vendidos de janeiro e junho caíram 17%, para 27,4 milhões de unidades.   

As informações fornecidas pela Abinee representam os dispositivos vendidos pelos fabricantes aos varejistas e distribuidores em todo território nacional. O fraco desempenho no período teve impacto acentuado na retração de 78% referente às vendas de aparelhos convencionais, que ficaram em 2 milhões de unidades. Em 2014, no mesmo período, o número foi de 9,3 milhões de aparelhos "feature phones" vendidos.   

Os consumidores estão investindo cada vez mais em smartphones, o que diminui o interesse por celulares simples, sem muitas funcionalidades. A queda de preço, tornando-os mais acessíveis também contribuiu para a queda dos "feature phones".

No Brasil, a maior parte de toda a demanda tem sido atendida pela fabricante Positivo. Visto que a chinesa Alcatel One Touch deixou o mercado nacional, a empresa brasileira está aproveitando para desovar seu estoque. Desde a retirada a companhia estrangeira, a Positivo Informática viu suas vendas saltarem 422%, para 313,3 mil unidades no primeiro trimestre.   

Já os smartphones apresentaram um bom desempenho no semestre. Segundo a Abinee, as vendas conseguiram atingir crescimento de 8%, para 25,4 milhões de aparelhos. No entanto, no segundo trimestre as vendas sofreram com uma queda de 13%, reflexo do consumidor desconfiado com a economia. Os smartphones já representam 93% do mercado brasileiro. 

A indústria de smartphones espera se recuperar principalmente no quarto trimestre, onde as vendas de final de ano tendem a elevar as aquisições dos aparelhos. Vale lembrar que os últimos três meses do ano são os melhores para o mercado de telefones inteligentes.

Por William Nascimento

Foto: Divulgação

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