Uma das novidades mais positivas que vimos nos smartphones recentemente e que vem contribuindo para aumentar a segurança dos usuários, é a possibilidade de deixar de lado o uso de senhas para poder utilizar suas impressões digitais como meio de desbloquear o aparelho ou utilizar no lugar da senha, quando disponível até mesmo em apps. Porém, se na MWC uma empresa já havia demonstrado que é possível desbloquear um iPhone com um dedo de argila, agora é a vez de pesquisadores da Michigan State University, nos Estados Unidos, mostrarem que os leitores de impressão digital não são tão seguros como se imagina.
Os pesquisadores comprovaram que, com uma impressora comum, como a que você tem em casa ou no trabalho, após cerca de 15 minutos, usando apenas uma tinta especial, é possível desbloquear um smartphone com leitor de impressões digitais, um método muito mais simples do que o de ''clonar'' o dedo de uma pessoa em argila, como citado.
Os pesquisadores usaram uma imagem impressa por uma impressora comum, porém com tinta condutora, no caso da pesquisa, da AgIC, descobrindo que é possível desbloquear os aparelhos com o papel e a tinta especial. Para se ter uma ideia de como o processo é simples, basta tirar uma foto de alta resolução das digitais da pessoa a qual você planeja desbloquear o smartphone, sem precisar da ''autorização'' da própria com suas impressões digitais, digitalizando as imagens pelo computador e fazer com que elas sejam impressas do lado certo. As impressões podem ser recolhidas, por exemplo, se uma superfície onde o usuário tenha tocado, o que não é nem um pouco difícil, certamente.
Após, é só imprimir as digitais do alvo, desde que com papel especial e tinta condutora, o que acaba sendo a parte mais difícil do processo, embora, como citado, qualquer impressora possa imprimir tal imagem que de corresponder ao tamanho de um dedo real.
O objetivo dos pesquisadores, evidentemente não é facilitar o trabalho de criminosos, mas sim demonstrar que ainda há muito o que melhorar no sistema de leitor de impressões digitais atualmente, já que agora, está mais do que comprovado que não nem um pouco difícil burlar o sistema, que está mais parecendo algo como um leitor de QR Code, apenas memorizando a imagem de suas digitais e as guardando para quando você for utilizar a função.
O teste foi feito em um Huawei Honor 7 e no Galaxy S6, podendo funcionar normalmente em outros dispositivos.
Por João Trajano
Foto: Divulgação
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